Flagrante feito pela Polícia Civil coincide com denúncias e reclamações que a população têm feito ao IMA
Técnicos dos setores de Fiscalização e de Laboratório do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estiveram, na manhã dessa quinta-feira (25), na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), para verificar o conteúdo e tomar as primeiras medidas administrativas em relação aos veículos flagrados despejando chorume em local inadequado.
Segundo informações dos técnicos de Laboratório do IMA, as características como odor e fermentação do material coletado indicam que se trata de chorume. Mesmo assim, foram feitas nove coletas para a análise e comprovação. Os resultados ficam prontos entre 15 e 30 dias e serão encaminhados para compor laudo pericial da Polícia Civil.
O chorume é proveniente do aterro de Maceió. O flagrante foi feito por policiais que acionaram o Instituto e solicitaram a coleta das amostras e análises para comprovação.
Os técnicos do órgão ficaram impressionados com a situação. Do ponto de vista ambiental, trata-se de infração gravíssima. Tanto pelos danos causados ao ambiente como a indicação de que o problema estava se repetindo há mais tempo. Isso porque denúncias indicam que, pelo menos três vezes por semana, era despejado o conteúdo de quatro carretas, cada uma com capacidade para armazenar 48 mil litros do líquido.
A responsabilidade pelo aterro de Maceió é da prefeitura da capital que licenciou o empreendimento e deveria realizar fiscalização sobre o mesmo. Entretanto, o Instituto já vinha levantando dados e fazendo averiguações devido a grande quantidade de denúncias referentes a possíveis irregularidades. Do ponto de vista das equipes do IMA, o empreedimento deveria ser licenciado e fiscalizado pelo Estado.
As medidas administrativas agora dependem da disponibilidade dos documentos por parte da Polícia Civil que fez o flagrante e instaurou o inquérito policial. A definição de autuações e outras penalidades acontecerá nos próximos dias.