Dois tizius e um papa capim foram entregues e, após avaliação, deverão ser soltos em suas áreas de ocorrência
Wanessa Santos
O famoso Papa Capim das redes sociais, Cláudio Santos, esteve nessa quarta-feira (28) no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), localizado no Ibama. Dinho Kapp, como é conhecido nas redes sociais, fez a entrega voluntária das aves que estavam em sua residência, dois tizius (Volatinia jacarina) e o famoso papa capim (Sporophila nigricollis).
Marcelo Normande, consultor do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), foi quem recebeu as aves no CETAS, e orientou Cláudio no preenchimento do Formulário de Entrada de Animais Silvestres, que certifica que ele levou esses animais voluntariamente. “Esses animais que chegam aqui são examinados, anilhados, e, posteriormente, são soltos em suas áreas de ocorrência”, explica Marcelo.
É importante ressaltar que as aves trazidas por Dinho não poderão ser legalizadas e devolvidas para o servente de pedreiro, pois se tratam de animais sem origem legal comprovada. Ele deverá, agora, adquirir outras aves, que possuam certificação e que sejam originárias de criadouos autorizados.
Epitácio Correia, gerente do setor de Fauna Flora e Unidades de Conservação do IMA, frisa a importância desse tipo de atitude. A entrega voluntária desses animais, adquiridos de maneira ilegal, isenta a pessoa de qualquer penalidade que poderia sofrer, caso esses animais fossem apreendidos. Ou seja, a pessoa que tem um animal não regulamentado e deseja fazer a entrega voluntária pode ir sem medo.
“É importante que as pessoas, cada vez mais, se conscientizem da importância de não comprar animais em feiras livres, não alimentar o tráfico de animais silvestres, e também não capturar animal de vida livre”, diz Epitácio Correia.
O IMA reforça a informação de que é possível comprar animais silvestres de forma legal em criadouros comerciais devidamente licenciados e legalizados por órgão ambiental competente.
Todo animais silvestre proveniente de estabelecimento comercial legalizado deve vir com marcação individual (pode ser anilha e/ou microchip), certificado de sexagem (para aves) e Nota Fiscal de venda do animal contendo as seguintes informações: Nome popular e científico do animal adquirido, data de nascimento, sexo do indivíduo, tipo de marcação e o número da mesma (conferir se a marcação informada na Nota Fiscal coincide com a marcação real do animal).