Cerca de 200 animais silvestres são recebidos mensalmente no CETAS

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Em 2016 mais de 5 mil animais chegaram ao centro sendo identificados, avaliados, recuperados, reabilitados e destinados, por meio da parceria entre IMA e Ibama.

Klaus Roger

Combater o tráfico de animais silvestres em Alagoas é um dos grandes desafios dos órgãos ambientais do Estado. Só no ano de 2016 foram recebidos de ações fiscalizadoras, resgate ou entrega voluntária, mais de 5 mil animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).

Localizado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Maceió, o Cetas funciona em parceria com o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), sob cuidados de uma equipe de 10 profissionais que recebem, identificam, avaliam, recuperam, reabilitam e destinam os animais que chegam ao local.

Segundo Ana Cecília, veterinária e bióloga do IMA, são recebidos cerca de 200 animais mensalmente que têm tempo de permanência variado de acordo com as necessidades que apresentam.

“Se um animal estiver saudável, apto a vida selvagem, fica em média uma semana. Porém se estiverem com ferimentos, debilitados, precisando de algum tratamento ou habilitação, pode permanecer um mês ou mais”, explica.

Durante estadia no Centro, os animais recebem uma alimentação balanceada com frutas, verduras, ração de cães e gatos e ração de grãos e sementes para aves.

Os animais aptos a soltura são destinados a locais específicos, chamados Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), que tenham algum tipo de monitoramento para evitar a recaptura, além de serem escolhidos locais que tenham registros de outras espécies do mesmo tipo.

A posse de qualquer animal silvestre que não seja adquirido de forma legal em Criadouros Comerciais devidamente licenciados e legalizados por órgão ambiental, é passível de penalidade. A entrega voluntária de animais adquiridos de forma ilegal ou resgatados isenta os indivíduos das sanções previstas na lei.

Segundo a equipe do IMA, a entrega voluntária é importante para que o tráfico de animais silvestres não seja incentivado. Ana Cecília relata que muitos animais chegam extremamente debilitados e mesmo com o esforço da equipe no tratamento, entram em óbito. Em 2016 foram registrados 935 óbitos de animais recebidos no Cetas.

O resgate de animais silvestres é realizado com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), nos números 3315.4325 / 98833.5879. Também é possível denunciar o tráfico por meio do canal verde do IMA (0800 082 1523), ou do aplicativo para smartphones, IMA Denuncie.