Instrumento possibilitou agilidade na autuação ao identificar 3,35 hectares de desmatamento e queimada em Feliz Deserto
Janderson Oliveira
A defesa da natureza é um compromisso desempenhado no Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) com base na aliança entre equipe técnica especializada e ferramentas recentes de tecnologia. O uso do drone na Assessoria Ambiental de Geoprocessamento (AAG) colaborou para a autuação de um loteamento imobiliário, nesta sexta-feira (19), por atos ilegais de supressão de vegetação e queimada.
“Os veículos aéreos não tripulados ou drones são ferramentas tecnológicas que vieram para somar no que diz respeito à questão ambiental, pois auxiliam na tomada de decisões, na agilidade dos licenciamentos ambientais, além de embasarem de forma precisa autuações ambientais em casos de crimes ou de não cumprimento de condicionantes”, afirma Daniel Conceição, coordenador da AAG.
O loteamento residencial onde a infração aconteceu fica localizado em Feliz Deserto, região coberta pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Marituba do Peixe. O uso de drone possibilitou identificar com agilidade e precisão a área degradada pelas atividades não licenciadas de supressão de vegetação e queimada em 3,35 hectares do empreendimento, além de mais três hectares de queimada no terreno vizinho.
O Instituto embargou ao empreendimento e autuou o responsável em R$ 74.670,59, considerando o agravante dos crimes ocorrerem em território de unidade de conservação.
Tecnologia possibilita vistorias mais eficientes em recursos financeiros e humanos
A Assessoria Ambiental de Geoprocessamento do IMA (AAG) cumpre funções de monitoramento das questões ambientais e de auxílio na tomada de decisão por meio do levantamento e processamento de informações em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) sobre o território alagoano.
A cobertura abrange solos, relevos, recursos hídricos, faixas de praia, cobertura vegetal, unidades de conservação e ocupação urbana, etc. obtidas através de dados georreferenciados.
O uso drone torna possível a realização de diversas operações com níveis de detalhe e precisão de forma ágil e eficiente, antes possível apenas com maiores gastos e formações maiores de equipe, detalha Daniel Conceição.
“Anteriormente os procedimentos eram feitos com uma maior dificuldade, devido à escassez de dados ricos em detalhes e o desprendimento de um corpo técnico para análise das áreas. Grande maioria dos monitoramentos era feito através de imagens de satélite, cartas topográficas e vistorias de campo com uma quantidade considerável de técnicos”, relembra o coordenador da AAG.
A ferramenta colabora em diversas operações, não só no âmbito da fiscalização de crimes de flora. Também são favorecidos pela tecnologia as atividades de licenciamento, com inspeção de áreas para concessão de licenças ambientais; geoprocessamento, com mapeamentos em geral; além da fauna, no combate de caça ilegal, controle e contagem de espécies, entre outros.
Com a chegada do drone e a adoção de outras tecnologias recentes é possível ao IMA atender as demandas da sociedade de forma rápida e eficiente gerando assim economia para o órgão.