No último domingo pesquisadores da UFAL encontraram colônias da espécie invasora no naufrágio Itapagé em Jequiá da Praia
Dálet Vieira e Mariana Catanduba
Com a chegada do coral-sol no litoral sul de Alagoas, as ações de monitoramento foram intensificadas. Nesta quinta-feira (31), a equipe do Gerenciamento Costeiro (Gerco) do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), esteve no Porto de Maceió para a raspagem das placas de metal. E constatou que não há indícios de pólipos da espécie invasora na capital.
O bioinvasor compete com os organismos nativos e se sobressai, pois não possui inimigos naturais. O que leva a proliferação desenfreada dessa espécie exótica. Gerando, desse modo, impactos ambientais negativos que afetam a pesca e o turismo.
Após a análise das placas no Porto de Maceió, a equipe constatou que não há indícios do coral-sol.
“Ao retirar as placas da água observamos que elas estão com organismos comuns da região, como esponjas e cracas. Não encontramos nenhum vestígio de pólipos do coral-sol”, explica André Felipe Bispo, biólogo e consultor ambiental do IMA.
Ricardo César, coordenador do Gerco, relata que a limpeza das placas é necessária pois facilita a aderência do coral-sol, caso a espécie chegue a Maceió.
“Vamos fazer a raspagem e limpeza dessas placas para deixar o ferro exposto, recolocar e instalar mais placas no Porto de Maceió. E após o período de três meses, que é quando, se houver presença dos pólipos, eles estarão visíveis, recolhemos para novas análises”, expõe o coordenador.
Relembre o caso
No último domingo (27), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) registraram milhares de colônias do coral-sol espalhadas pela estrutura do naufrágio histórico Itapagé, no município de Jequiá da Praia.
Após esse fato, a equipe técnica do IMA e pesquisadores da UFAL, que já monitoravam a espécie invasora, reforçam medidas profiláticas e de combate.