Gerenciamento Costeiro vistoria espécie bioinvasora na costa alagoana

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Técnicos do IMA irão observar se há alguma do coral-sol nas placas que começaram a ser instaladas em março desse ano

Wanessa Santos

A equipe de Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) fará, na próxima segunda-feira (04), o monitoramento das duas primeiras placas de recrutamento que foram instaladas em leito oceânico em março desse ano. Os técnicos irão vistoriar as peças de metal, para observar se há a presença do coral-sol.

Ao todo foram instaladas seis placas na região próxima ao Porto de Maceió. A ação irá identificar se há, ou não, a presença dessa espécie de coral, que é bioinvasora e pode causar prejuízos sérios à vida marinha local.

O coral-sol cresce rapidamente e possui vantagens competitivas em relação aos organismos nativos.

Com uma estimativa de multiplicação cerca de três vezes maior, cada colônia desses corais pode liberar até 5 mil larvas a cada ano. Tendo uma infestação tão massiva, a vida marinha praticamente desaparece onde ele se instala, ocasionando, dessa forma, um desequilíbrio na fauna e na flora nativas, e até mesmo a extinção de espécies da região invadida.

As chamadas placas de recrutamento foram colocadas na região como uma medida preventiva que o Gerenciamento Costeiro (GERCO) do IMA/AL tem adotado para evitar a infestação desse organismo no litoral de Alagoas. Isso porque já foi observado que o coral-sol vem alastrando sua ocorrência em toda a região oceânica brasileira.

Por ser, o coral-sol, bastante encontrado em cascos de navios e plataformas marinhas de exploração de petróleo, a equipe do GERCO optou por colocar essas placas de metal para servirem de substratos para a fixação do organismo invasor, caso ele ocorra.

Em Alagoas existe um grupo de trabalho formado para evitar que a espécie se instale na costa alagoana.

Além do IMA, fazem parte a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Capitania dos Portos, administração do porto de Maceió, operadoras de mergulho e Organizações Não Governamentais (ONGs) que se apresentaram como voluntárias.