Vistoria realizada junto com o Ibama e a análise da água coletada pela Casal poderão indicar causa do problema
O setor de monitoramento e fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) acompanha o surgimento de manchas nas águas do rio São Francisco, na região do município de Delmiro Gouveia. Nesta sexta-feira (10) os técnicos vistoriam o local junto com uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Alagoas.
As primeiras informações dão conta de que as manchas teriam sido causadas pela liberação da água de fundo do reservatório e limpeza das turbinas do Complexo Apolônio Sales, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso (BA). Amostras coletadas pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) deverão ser analisadas pela equipe do IMA, o que poderá indicar do que se trata.
“Vamos solicitar também da Chesf um relatório circunstanciado, apresentando informações sobre a possível descarga da água de fundo. Sabemos que o Ibama é quem está monitorando a situação, mas Alagoas está sendo diretamente afetada”, comentou Ermi Ferrari, diretor de Monitoramento e Fiscalização.
A responsabilidade de acompanhamento do problema é do Ibama, por ser o órgão de licenciamento ambiental e monitoramento das atividades nas águas do rio. Entretanto, o IMA também deverá monitorar a situação devido aos impactos causados no estado de Alagoas e o recebimento de denúncias de moradores da região preocupados com os possíveis impactos, como o forte mal cheiro na região e a mortandade de peixes.
Segundo informações da Casal, oito municípios da região do semi-árido alagoano, que recebem água do sistema Salgado, estão sendo abastecidos através de carros-pipa por causa das manchas: Delmiro Gouveia, Água Branca, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Canapi e Olho D’Água do Casado e Piranhas.