Iniciativa prevê ações, de diversos órgãos, com o intuito de recuperar e proteger as áreas de manguezal em Alagoas
Dálet Vieira
O ecossistema manguezal, conhecido também como berçário litorâneo, é rico em biodiversidade e sua preservação é extremamente importante. Nesta quarta-feira (16), o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) esteve na primeira reunião do Pró-Mangue, projeto desenvolvido através de uma cooperação técnica entre o Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) para incentivar a recuperação, proteção e uso sustentável desse bioma.
O intuito é, primeiramente, fazer um diagnóstico e identificar como esse ecossistema está atualmente no Estado. A partir de então, serão elaboradas ações estratégicas que visam estabelecer o uso sustentável e a proteção às espécies de fauna e flora, de modo a reduzir a degradação desses ambientes.
Além do IMA, também estiveram presentes os representantes da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União – Superintendência do Patrimônio da União em Alagoas (SPU/AL), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH) e as Secretarias de Meio Ambiente do municípios contemplados nessa primeira etapa.
Segundo Alex Nazário, geógrafo e consultor ambiental, a proposta é lançar o projeto para todo o Estado. No entanto, nesta primeira etapa do Pró-Mangue, três municípios serão contemplados como uma proposta piloto. Que são: Marechal Deodoro, Barra de São Miguel e Roteiro.
“Os órgãos vão atuar em conjunto para verificar áreas que foram degradadas ou que estão sofrendo algum tipo de intervenção negativa. E esperamos que através dos viveiros de mudas, que serão construídos nos municípios, da participação da população e com todo esse conjunto de ações a gente possa resguardar esses manguezais”, esclarece Nazário sobre o projeto.
O Instituto irá contribuir nas áreas de geotecnologia, como o geoprocessamento e sensoriamento remoto. Também irá participar das ações de educação ambiental e integração com a sociedade.
Após a reunião, os representantes se dirigiram a uma área de mangue para um plantio simbólico, que significou o início de uma grande parceria entre os órgãos e instituições em prol da preservação dos manguezais. No local também foi instalada uma placa que poderá ser usada como padrão do projeto.