Objetivo é ouvir a comunidade e avaliar os impactos do empreendimento
Mary Landim / Ascom IMA
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) promoveu nesta quinta-feira (20) uma audiência pública em Pilar para debater a estocagem subterrânea de gás natural pela empresa Origem Energia, que já possui licença para produção e pretende ampliar suas operações. Essa etapa é essencial no processo de licenciamento ambiental, pois tem como objetivo ouvir a população sobre os possíveis impactos do empreendimento na vida das pessoas.
A sessão foi presidida por Marianna Alverne, chefe de gabinete do IMA/AL, que representou o diretor-presidente Gustavo Lopes, e enfatizou a importância de ouvir as contribuições da sociedade civil e da comunidade científica nesta fase inicial do licenciamento. “Estamos na fase de licença prévia e estamos aqui para absorver todas as contribuições da sociedade civil e da comunidade científica, para levar essas informações ao Instituto do Meio Ambiente e, a partir delas, conceder o primeiro passo do licenciamento”, disse a presidente da sessão.

Ela acrescentou que é um momento importante de escuta, não só por questões técnicas, mas também para compreender os impactos que a chegada do empreendimento pode trazer para a vida das pessoas. Gabriel Campana Filho, integrante do Conselho de Administração do IMA/AL, representou o presidente do Conselho Flávio Barbosa Júnior. Ele destacou que o principal objetivo da audiência é compreender a visão da comunidade sobre o projeto e os estudos de impacto ambiental apresentados, ressaltando a proposta de utilizar poços já existentes para a estocagem. “Para entender qual é a visão da comunidade em relação a esse projeto, que está em fase de planejamento, foram apresentados os estudos de impacto ambiental e o RIMA. Estamos aqui para ouvir o que a sociedade pensa desse procedimento de estocagem”, explicou.
Durante a audiência, os participantes também tiveram a oportunidade de verificar uma amostra da rocha destinada à estocagem. O professor João Paulo Lima Santos, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), explicou que essa técnica já é utilizada há mais de cem anos em países como os Estados Unidos e a Europa, destacando sua segurança operacional.

O evento contou com a presença da deputada estadual Fátima Canuto, da prefeita de Pilar, Fátima Rezende, e de representantes de diversas instituições, como o Ministério Público Estadual, Algás (distribuidora de gás natural de Alagoas), a Federação das Indústrias do Estado e a empresa Origem Energia.