O equipamento pode atrair o organismo invasor, caso seja confirmada a incidência na região
Wanessa Santos
A Equipe do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) realizará, na próxima quinta-feira (11), a instalação de placas de recrutamento na região portuária de Maceió. As placas de metal funcionarão como substratos para a fixação de organismos betônicos, geralmente encontrados no leito oceânico.
O equipamento trabalhará como um atrator desses organismos. O objetivo maior é identificar se existe naquela área a presença de pólipos do coral-sol, uma espécie bioinvasora que tem ocorrência registrada na região oceânica brasileira.
Por ser um espécime bastante encontrado em casco de navios e em plataformas marinhas de extração de petróleo, a equipe do Gerenciamento Costeiro decidiu realizar essa ação na região portuária da capital alagoana. A atuação corresponde a uma das medidas preventivas adotadas para evitar a infestação desse tipo de organismo.
Perigo à biodiversidade
Embora os corais-sol tenham uma bela aparência, com cores vibrantes, eles podem causar grandes prejuízos para o meio ambiente. Isso acontece devido o invasor conseguir crescer de maneira rápida, além de possuir vantagens competitivas em relação aos organismos nativos.
Com uma estimativa de multiplicação cerca de três vezes maior, cada colônia desses corais pode liberar até 5 mil larvas a cada ano. Tendo uma infestação tão massiva, a vida marinha praticamente desaparece onde esse tipo de coral se instala, ocasionando, dessa forma, um desequilíbrio na fauna e na flora nativas, e até mesmo a extinção de espécies da região invadida.
O IMA, que está trabalhando nos ajustes finais dessas placas de recrutamento, já recebeu a autorização da administração do Porto de Maceió, e realizará a instalação das primeiras unidades na quinta-feira, no período da manhã (11).