Instituto do Meio Ambiente sedia 17ª edição da Primavera dos Museus

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Herbário MAC integra Instituto Brasileiro de Museus, responsável pela promoção da ação

Laura Nascimento*

A primavera já chegou ao Instituto do Meio Ambiente (IMA). Nesta terça-feira (19), o auditório do órgão sediou a 17ª Primavera dos Museus por meio do Herbário MAC. A programação integra o calendário do Setembro Verde e tem o intuito de destacar a importância dos trabalhos botânicos com palestras e exposições.

A proposta das atividades é valorizar, principalmente, as coleções etnobotânica e de frutos da carpoteca. Desde 2018, o Herbário MAC está entre as instituições que compõem o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que promove a Primavera dos Museus. A ação tem o objetivo de intensificar a relação dos museus com a sociedade, além de criar espaço para a reflexão, este ano com “Memórias e democracia: pessoas LGBT+, quilombolas e indígenas”.

As palestras foram ministradas pelo professor Rafael Ricardo, doutor em Ciências Florestais e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sob o tema “Etnobotânica aplicada à conservação cultural”, e por Hanna Karen, graduanda em Engenharia Florestal da Ufal e estagiária do Herbário MAC do IMA, que apresentou sua tese acadêmica.

De acordo com o professor Rafael, a etnobotânica, que estuda a relação entre pessoas e plantas, se aplica à conservação cultural por meio de vários aspectos como: a elaboração de projetos para conservação da biodiversidade in situ com base nos conhecimentos, práticas e crenças das comunidades locais, identificação dos processos de uso de recursos vegetais por populações humanas locais e identificação dos recursos vegetais nativos. 

A estudante Hanna Karen falou sobre a sua tese: Influência de mudanças ambientais na ocorrência e fenologia do cambuí. “O estudo foi realizado com o objetivo de analisar a percepção dos extrativistas, que coletam esse fruto, e a partir disso estabelecer um padrão fenológico da espécie, como as mudanças ambientais interferem nos ciclos biológicos dessas plantas”, disse.

Hanna também conta que a espécie possui uma importância tanto econômica quanto ecológica, já que tem bastante potencial para a utilização em áreas degradadas em recuperação e na manutenção de áreas protegidas.

*Sob supervisão