IMA, Sesau e Ibama começam a trabalhar juntos para diagnosticar as zoonoses que impactam diretamente a saúde pública
Clarice Maia
O perfil epidemiológico de zoonoses oriundas de animais silvestres em Alagoas será traçado a partir de um acordo de cooperação firmado entre diversos órgãos. Os termos começaram a ser discutidos por técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Estado da Saúde e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas as coletas de material biológico terão início após o período de carnaval.
Segundo Ana Cecília Pires, veterinária da equipe de Gestão de Fauna do IMA, a ideia é que seja possível “diagnosticar as zoonoses presentes em animais silvestres e que impactam diretamente a saúde pública, como a raiva e outras”. Os animais estudados serão aqueles tratados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama.
Essa semana os técnicos se reuniram para traçar o formato da parceria. Além da equipe do IMA e do Ibama, que atuam diretamente na recepção e tratamento de animais no Cetas, na reunião estavam presentes técnicos da Gerência de Doenças Transmissíveis (GEDT) e do Laboratório Central de Alagoas (Lacen), ambos órgãos da Sesau.
O acordo ainda será formalizado. Entretanto, “os animais que forem importantes, como primatas, canídeos e morcegos, já terão amostras coletadas após o período de carnaval”, disse Ana Cecília.
Ela explicou ainda que a equipe do IMA ficará com a responsabilidade de coletar o material biológico dos animais doentes ou que entraram em óbito e, com autorização do Ibama, enviar para o Lacen que fará o diagnóstico. Será responsável também por “compilar os dados do histórico e local onde os animais foram recolhidos”, disse a veterinária.
A GEDT, por sua vez, fará o papel de traçar o perfil epidemiológico dos diagnósticos das zoonoses de grande importância na saúde pública. As informações servirão ainda para fomentar produções científicas.