O despejo de esgoto em área de captação levou a fiscalização do IMA a autuar em mais de R$ 500 mil a administração municipal
Clarice Maia
A fiscalização do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), no final da tarde dessa terça-feira (24), flagrou o despejo de esgoto sem tratamento em área de captação de água da Casal. O problema causado por uma obra de drenagem da prefeitura de Rio Largo compromete a captação o abastecimento de 65% do município e pode deixar bairros sem abastecimento por até 10 dias.
Foram emitidos três autos de infração que juntos somam R$ 566.430 mil. As atuações aconteceram por: lançar efluentes sem tratamento direto no ambiente, no valor de R$ 500 mil; falta de licença ambiental de instalação, em R$ 16.430 mil; supressão de vegetação sem autorização, em R$ 50 mil.
A equipe do MA/AL ainda está avaliando o impacto que também pode ter sido causado em nascentes dentro da zona de influência da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratagy, por causa da proximidade.
Durante a tarde, os técnicos da Casal coletaram amostras para verificar o impacto do problema e os possíveis perigos para o consumo da população. Entretanto, os fiscais que estiveram no local informaram que as características da água apontam que há presença de esgoto sem qualquer tratamento.
No momento da fiscalização, os responsáveis pela obra apresentaram apenas uma licença prévia, emitida pela própria prefeitura, que não dá condição de funcionamento ao equipamento. Além disso, os fiscais ainda encontraram a supressão de vegetação no local, sem autorização.
O engenheiro da obra, que acompanhou toda a operação, se recusou a assinar as autuações emitidas pelo IMA. A situação foi parar na delegacia para que fosse lavrada a ocorrência pela polícia. Toda a ação foi acompanhada por policiais do Batalhão de Polícia Ambiental.