Os trabalhos em defesa da fauna foram coordenados por técnicos do IMA
Mary Landim / Ascom IMA
A ação coordenada pela equipe de Fauna do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), no âmbito do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI), resultou no resgate de quase 500 animais silvestres mantidos em cativeiro em municípios que compõe a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Alagoas. O principal objetivo da ação é a preservação das espécies nativas, especialmente aquelas ameaçadas de extinção.
Desses animais resgatados de forma voluntária ou por meio das fiscalizações, 254 foram devolvidos ao bioma Caatinga, 157 à Mata Atlântica e 54 foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Maceió. Também foram lavrados 65 autos de infração pelo IMA, que totalizaram R$ 203.500,00 (duzentos e três mil e quinhentos reais).
O médico veterinário e assessor técnico do IMA, Rafael Cordeiro, reforça a importância de que os animais criados em cativeiro estejam devidamente legalizados. Espécies que não possuem marcação, certificados de origem, ou nota fiscal são consideradas ilegais, ou seja, passíveis de serem apreendidas durante ações fiscalizatórias e de resgate.
“Na FPI, a equipe de fauna desenvolveu esse trabalho, resgatando os animais mantidos de maneira ilegal e podendo devolvê-los à natureza, onde desempenharão seus serviços ecossistêmicos e contribuirão para a perpetuação das espécies, garantindo o equilíbrio ambiental”, frisou.
Durante os dias de trabalho da FPI, foram resgatadas principalmente aves, seguidas de mamíferos e répteis. Entre os animais encontrados pela equipe, um Macaco-prego-galego (Sapajus flavius), espécie ameaçada de extinção e endêmica do Brasil, foi resgatado e encaminhado ao Cetas de Maceió, que tem administração conjunta entre o IMA e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O trabalho de defesa dessa espécie continua com a parceria institucional do Ministério Público de Alagoas, conforme pontua o promotor de Justiça, Alberto Fonseca, que também é o responsável pela inclusão do primata no Plano de Ação Estadual para Conservação da espécie, um documento elaborado em colaboração com diversos órgãos.
“O Instituto do Meio Ambiente é o órgão gestor da fauna à frente dos trabalhos, sempre contando com a parceria do órgão ambiental de Alagoas e do Ministério Público para a conservação dos biomas alagoanos, especialmente os biomas Caatinga e Mata Atlântica”, destacou.
A equipe Fauna da FPI do Rio São Francisco, além do IMA, contou com a participação do BPA, do Instituto SOS Caatinga, do Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público de Alagoas (MPAL).