A proposta de tornar o local uma zona de exclusão e restringir diversos tipos de usos poderá ser efetivada a partir de maio

Clarice Maia

Os usuários das piscinas naturais localizadas na enseada da Pajuçara estão sendo sensibilizados pela equipe do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA) para a preservação dos recifes de corais e sobre o possível fechamento da chamada Piscina do Amor. Na manhã desta sexta-feira (24) um grupo do Jet Clube esteve no órgão para entender melhor o assunto e assistir a uma apresentação sobre a importância dos ambientes recifais.

Segundo informações do coordenador do Gerenciamento Costeiro, Ricardo César, as piscinas formadas pelos recifes de corais naquela região são bastante explorados para recreação e para a pesca. A Piscina do Amor passou a ter usos mais intensos há pouco tempo, segundo o coordenador, com a presença de banhistas que chegam com diversos tipos de embarcações e pranchas, mergulhadores e pescadores.

“É importante que mais pessoas sejam informadas, inclusive nas lojas que recebem centenas de pessoas. Porque a ação vai proteger a Piscina do Amor, mas as pessoas vão migrar para as outras piscinas”, comentou Thiago Bastos, empresário que esteve junto com o grupo no IMA. O Jet Clube possui cerca de 200 pessoas e os representantes se colocaram a disposição para divulgar a importância da ação e da preservação do ambiente recifal.

O diretor-presidente do órgão, Gustavo Lopes, disse que além das reuniões com os usuários, serão feitos banners informativos para serem colocados em lojas que vendem produtos náuticos e em marinas. Os estudos para tornar a área uma zona de exclusão já foram aprovados pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), a minuta da Resolução, que definirá o procedimento, está em fase de elaboração e deverá ser apreciada na próxima reunião, prevista para o mês de maio.