O projeto desenvolvido pelo IMA desenvolve diversas atividades em campo direcionadas à educação ambiental de 60 crianças inscritas nesta edição
Laura Nascimento (sob supervisão)
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) proporcionou às crianças do projeto Botânico Mirim um passeio no Barco Escola, em parceria com o Lopana, nesta quinta-feira (26). A ação teve como objetivo educar as novas gerações sobre os cuidados com os ecossistemas marinhos, na prática. O local de partida foi a praia da Ponta Verde, durante o passeio, os botânicos mirins puderam ver de perto algumas espécies e seu funcionamento.
Técnicos do Herbário MAC do IMA, responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, e da Gerência de Educação Ambiental participaram do momento, conduzindo as crianças, além de contribuírem com informações valiosas sobre o ambiente marinho. A abordagem da aula discutia o que se deve fazer ou não em ambiente costeiro e quais os cuidados com algumas espécies. As crianças também tiveram um momento de diversão nas piscinas naturais.
Entre as espécies avistadas estavam os corais baba de boi (Palythoa caribbaeorum), que recebem esse nome devido à liberação de uma gosma característica que lembra a saliva do animal, as algas Halimeda opuntia (Linnaeus), responsáveis pela formação de piscinas naturais.
Corais cérebro (Diploria labyrinthiformis), também foram vistos pelos pequenos, eles possuem um formato similar a massa encefálica, além de algas orelhas de rato (Auricularia polytricha) donas de um formato autoexplicativo. Todos os nomes característicos divertiram as crianças e facilitaram a aprendizagem.
Enquanto aprendiam sobre espécies interessantes, um saquinho com ração para peixe foi encontrado e um alerta importante foi dado aos pequenos botânicos: “É proibido alimentar peixes que estão no mar”! A atitude é prejudicial para os animais, pois causa alteração nos hábitos alimentares dos cardumes. O conteúdo ainda com plástico foi retirado do mar.
Mirella Cavalcante, assessora ambiental do IMA, conta que é importante que as crianças conheçam os ambientes costeiros e desenvolvam uma conduta positiva com base na aprendizagem. “Eles se tornam multiplicadores de conhecimento, se sensibilizam e passam adiante em casa, com os pais, e colegas da escola. O Botânico Mirim é um projeto lindo que passa uma visão diferenciada aos jovens, infelizmente a educação ambiental em si não é abordada de forma interdisciplinar e transversal nas escolas regulares e o projeto tem esse papel”, ela explica.
Alguns familiares acompanharam o passeio de perto, Sulamita da Cunha, mãe de uma das botânicas, diz que essa foi uma experiência muito positiva para sua filha. “Ela pôde interagir, pôde viver na prática aquilo que ela só escuta e vê na televisão, dessa vez ela presenciou tudo e gostou muito”, contou.