Espécies representativas e principais áreas de coleta

Aqui estão apresentadas algumas espécies comumente encontradas em Alagoas, predominantemente em áreas de Unidades de Conservação (UCs).

Espécies representativas

Meliaceae

Cedrela fissilis Vell.

“CEDRO”; “CEDRO-VERDADEIRO”

Espécie nativa, registrada nos dois principais domínios fitogeográficos do estado de Alagoas: Caatinga e Mata Atlântica, com destaque para as amostras coletadas nas Unidades de Conservação: Refúgio de Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre em Água Branca e na RPPN Estância São Luiz em Santana do Ipanema. A espécie encontra-se em status de vulnerabilidade segundo a classificação da Lista Vermelha do CNCFlora, evidenciando a importância do estabelecimento de UCs para conservação de espécies ameaçadas. Cedrela fissilis Vell. é comumente conhecida no estado, através dos nomes vulgares “cedro” e “cedro-verdadeiro”, devido a sua madeira de boa qualidade, motivo pelo qual foi bastante explorada.

Bignoniaceae

Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore

“CRAIBEIRA”; “IPÊ-AMARELO”;”CARAÍBA”

É a árvore símbolo do Estado de Alagoas, conhecida popularmente como “Craibeira”, “Caraíba” e “Ipê-amarelo”. É predominante em regiões do semiárido, no bioma Caatinga, embora seja registrada em outros domínios vegetacionais do estado, normalmente quando cultivada. Considerada uma planta caducifólia, perde suas folhagens em algumas estações do ano, apresentando somente as flores como destaque. Sendo muito utilizada para a herborização e paisagismo de áreas urbanas devido sua floração vistosa e atrativa.

Fabaceae

Erythrina velutina Willd.

“MULUNGU”

Espécie arbórea típica do nordeste do Brasil (FLORA E FUNGA DO BRASIL, 2022). No estado de Alagoas é registrada predominantemente na região do semiárido (Caatinga). Caracteriza-se como planta decídua que perde a folhagem em algumas estações do ano, e neste período evidencia-se a beleza de sua floração avermelhada. Destaca-se, também, por seus caules e ramos aculeados. É comumente utilizada para herborização e ornamentação de praças.

Malvaceae

Apeiba tibourbou Aubl.

“PAU DE JANGADA”

Espécie nativa, é conhecida popularmente como “Pau de Jangada”, uma árvore que já foi registrada em Alagoas com os indivíduos mais altos tendo cerca de 10 a 16 metros de altura. A madeira é leve e foi comumente empregada na fabricação de pequenas embarcações, dessa utilização surgiu o nome popular “Pau de Jangada”, essa espécie apresenta potencial ornamental e sua casca serve de matéria-prima para a confecção de cordas (Lorenzi, 1998). Em Alagoas ocorre no domínio fitogeográfico Mata Atlântica e é encontrada em Unidades de Conservação a exemplo a APA de Murici e em algumas RPPN’s.

Malvaceae

Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum.

“BARRIGUDA; PAINEIRA-BRANCA”

Espécie nativa e endêmica de áreas de Caatinga no nordeste brasileiro, é conhecida popularmente como “Barriguda ou Paineira-Branca”, em Alagoas é registrada em … É uma espécie arbórea que os indivíduos podem chegar a atingir cerca de 00 metros de altura, a “Barriguda” apresenta no seu tronco uma intumescência onde armazena água para os períodos de seca e sua casca cinza-claro é coberta por acúleos cônicos.

Arecaceae

Syagrus coronata (Mart.) Becc.

“OURICURI”

Palmeira endêmica do nordeste brasileiro, com ocorrência predominante nas regiões secas e semi áridas da Caatinga. A espécie conhecida popularmente como “Ouricuri” apresenta grande potencial econômico, tendo seus frutos que fornecem amêndoas saborosas e suas folhas que são matéria-prima para produção de diversos objetos artesanais: vassouras, cestos, chapéus, baús, entre outros (DRUMOND, 2007).  Apresenta estipe (tronco) bem característico, devido às bainhas das folhas aderidas ou as cicatrizes angulares que deixam ao cair (FLORA E FUNGA DO BRASIL, 2022). Espécie bastante representativa no estado de Alagoas, sendo registrada em ambos os biomas Mata Atlântica e Caatinga. 

Fabaceae

Hymenaea courbaril L.

“JATOBÁ”

Árvore nativa de grande porte, registrada em Alagoas com espécimes atingindo até 20m de altura. No estado de Alagoas ocorre predominantemente no bioma Mata Atlântica. Apresenta a característica marcante em seus frutos do tipo legume, que medem entre 5 e 15 cm de comprimento, possuem a parte mais externa lenhosa e a mais interna farinácea, com aspecto semelhante a farinha. A espécie tem grande utilização para o setor madeireiro na produção de móveis e materiais para construção civil, além do uso alimentício através da farinha nutritiva retirada dos frutos desta planta (LORENZI, 1992). 

Fabaceae

Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes

“BARBATIMÃO”

Espécie nativa com ocorrência exclusiva no Brasil, nas regiões Nordeste e Sudeste, em Alagoas possui ampla distribuição e ocorre nos domínios fitogeográficos: Mata Atlântica e Caatinga. É uma espécie arbórea, conhecida popularmente como “Barbatimão”, uma característica marcante que essa espécie possui é a sua entrecasca ser avermelhada. Em Alagoas nas regiões de Mata Atlântica já foram registrados indivíduos que podem chegar a atingir cerca de 10 metros de altura, essa espécie possui potencial medicinal, sendo amplamente conhecida no Nordeste, destacando o uso da casca para cicatrização de feridas.

Clusiaceae

Symphonia globulifera L.f.

“GULANDIM” “BULANDI”

Árvore nativa com registros no estado de Alagoas de indivíduos atingindo entre 10 e 20m de altura. Em Alagoas foi registrada unicamente no bioma Mata Atlântica. Possui raízes fúlcreas ou de escora, que caracteriza a espécie. É uma espécie amplamente utilizada, devido ao seu potencial paisagístico e medicinal, utilizando o látex e partes da planta para o tratamento de diversas enfermidades.

Fabaceae

Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp.

“VISGUEIRO”

Espécie arbórea nativa, com ocorrência em Mata Atlântica, alguns indivíduos encontrados em Alagoas podem chegar a atingir cerca de 30 metros de altura, com copas largas e planas onde ficam penduradas as inflorescências e infrutescências ao longo do período fértil da planta, uma característica presente na espécie é que as suas flores ficam agrupadas em uma estrutura globosa formando uma inflorescências composta por 1.200 flores vermelhas e os frutos em forma de vagem e ao abrir-se apresenta uma substância viscosa onde as sementes ficam grudadas para auxiliar na dispersão das sementes.