Por determinação do MPE houve o gasto de R$ 20 mil para aquisição de instrumentos que devem contribuir com os serviços do órgão ambiental

Clarice Maia

O Instituto do Meio Ambiente recebeu, nesta quarta-feira (19), equipamentos doados pela Usina Santa Clotilde após acordo firmado com o Ministério Público Estadual, com base nas ações que deveriam ter sido realizadas para recuperação de matas ciliares conforme encaminhamentos previstos no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2009, com o setor sucroalcooleiro.

Segundo o consultor ambiental que acompanha o desenvolvimento do TAC na Diretoria de Licenciamento do IMA, Fernando Passos, a Usina não estava cumprindo o que havia sido acordado devido à mudança de áreas identificadas para realização do plantio das mudas de árvores. Por isso, por determinação do MPE, os representantes da Usina tiveram que comprar e doar equipamentos para o IMA, no valor de R$ 20 mil.

Dessa forma, foram adquiridos para o Laboratório de Estudos Ambientais: uma centrífuga para laboratório e tubos de 15ml, bomba vácuo e balança de precisão 3200gr com divisão de 0,0001gr. Para o trabalho de fiscalização do cumprimento do TAC foi doado um GPS portátil e uma câmera fotográfica digital.

O Termo foi firmado entre o IMA, o MPE e o Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar) para recuperação de áreas de matas ciliares que haviam sido desmatadas para o plantio da cana de açúcar. A previsão é que 23 Usinas replantem 2.860,16ha em 10 anos, a contar a partir do ano de 2009.

A substituição das plantas nativas pela cana de açúcar tornou o processo de desmatamento da mata atlântica mais intenso. Foi, justamente, para diminuir os efeitos desse problema que o TAC foi firmado com o compromisso de que as Usinas recuperariam parte da mata ciliar criando assim corredores florestais.