A empresa foi multada e novas medidas serão ser tomadas para evitar incidentes mais graves
Clarice Maia e Elayne Pontual
Fotos: Larissa Almeida
Na manhã desta sexta-feira (04), a equipe da Gerência de Monitoramento e Fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) esteve mais uma vez na área de estoque de palhas da empresa Granbio. A vistoria acontece devido ao novo incêndio registrado no local e com impactos ainda mais significativos ao meio ambiente.
Segundo informações dos técnicos que estiveram no local, dessa vez o fogo atingiu uma área de vegetação nativa existente próxima ao estoque das palhas de cana. Os dados coletados serão referenciados em mapa específico para observação correta da extensão da área atingida pelo fogo. Além disso, há registro de reclamação dos moradores da região sobre a fumaça.
Na quarta-feira (02), o IMA multou a empresa em R$ 230 mil por “deixar de adotar medidas de precaução ou contenção em caso de risco de dano ambiental”, explicou Ermi Ferrari, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IMA.
O primeiro incêndio aconteceu no dia 10 de novembro, em uma área de estoque, localizada entre a BR 101 e a AL 101 Sul. No dia 12, os representantes da empresa protocolaram no IMA um relatório sobre o ocorrido, informando que apenas 15% do material teria queimado, apresentaram ainda o Boletim de Ocorrência, o relato sobre as ações para conter o fogo e a comunicação com os órgãos ambientais.
Reunião
Na tarde da quinta-feira (03), representantes da empresa estiveram no órgão que convocou a direção da Granbio para prestar novos esclarecimentos, apresentar informações e encontrar uma forma de resolver o problema que, além de causar impactos ao meio ambiente, têm afetado diretamente a população da região.
A reunião aconteceu na manhã da sexta-feira (04), na sede do IMA. Segundo informações do diretor-presidente do órgão ambiental, Gustavo Lopes, as informações servirão de embasamento para as medidas a serem tomadas.
“Os representantes da empresa explicaram a situação e apresentaram as medidas preventivas que já existiam no empreendimento e as que serão implantadas para minimizar os danos. Ficou acertado também que o empreendimento deve fazer um Termo de Ajustamento de Conduta”, disse Gustavo Lopes.