Após ser intimada prefeitura de Maceió retira sargaço da praia

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O acúmulo das algas marinhas em decomposição junto com grande quantidade de lixo causava desconforto aos banhistas

Clarice Maia

Após passar quase 10 meses desde a realização de uma reunião entre técnicos, para tratar do problema com o sargaço na orla de Maceió, e o recente envio de uma intimação pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), a prefeitura da capital passou a retirar o material orgânico que se acumulava na areia junto com grande quantidade de lixo e causava desconforto aos usuários, na região da Ponta Verde.

A remoção do sargaço é possível com a autorização do IMA e considerando os cuidados necessários com a biota do local.

O problema foi discutido em abril de 2016, quando os técnicos do IMA se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur) e Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum). Durante o encontro, ficou decidido que a Slum solicitaria ao IMA uma autorização para a retirada do sargaço.

Passados quase 10 meses desde a reunião, a prefeitura ainda não havia tomado a iniciativa de realizar a remoção e por isso houve a intimação.

Entretanto, o assunto está em discussão desde outubro de 2015, quando a prefeitura argumentava que não fazia a retirada, mesmo com grande apelo por parte da população, por falta de autorização do IMA. Mas, conforme informações do setor de Gerenciamento Costeiro, na época o município não havia feito nenhum tipo de solicitação para a retirada.

O incômodo era causado pela grande quantidade das macroalgas e o forte odor causado pela decomposição. As reclamações eram registradas por moradores, turistas e comerciantes. O mau cheiro exalado é causado por se tratar de matéria orgânica. A remoção na área urbana de Maceió não é proibida.

Segundo Ricardo César, “a remoção deve ser feita de forma que não afete a biota existente na areia. Existem critérios técnicos pra evitar que, junto com o sargaço, seja, por exemplo, retirada uma quantidade significativa de sedimentos da praia”, disse o coordenador. Isso porque o sargaço decomposto é “mineralizado e serve de alimento para organismos que são a base da cadeia alimentar”, explicou.