Um dos objetivos da coleta é acompanhar o desenvolvimento dos organismos na área

Elayne Pontual

Os técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) continuam com o trabalho de monitoramento da enseada da Pajuçara. Um dos pontos de referência é a zona de exclusão criada na Piscina do Amor. No local é realizado o levantamento das espécies de algas para consolidar e ampliar o as ações na região, além dos estudos realizados na área de 42 hectares.

Uma das ações aconteceu no dia 28, quando a equipe, além de dar continuidade ao trabalho de coleta de algas no local, aproveitou para fiscalizar e avaliar as condições das boias de sinalização que foram colocadas na região.

A reativação da coleção de algas, que estava parada desde 1988, teve início com a organização, cadastramento e catalogação das amostras que estavam guardadas no Herbário MAC. Outra etapa é a formalização da parceria entre o Instituto e o curso de Biologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), através do setor de botânica, especificamente com o laboratório de ficologia.

Segundo Elica Guedes, professora de biologia da Ufal, a “o meu objetivo é orientar e dar todo o apoio logístico na parte de taxonomia”, afirma. Elica é professora e orientadora de Victor Andrei, bolsista do Herbário MAC que trabalha com a coleta e catalogação das espécies encontradas.

De acordo com Victor, graduando em biologia na Ufal, o trabalho é realizado em uma região recifal, que é onde as algas costumam se desenvolver. “Após a coleta, levamos esse material pro Herbário para identificar as espécies e depois fazermos o tombamento para inserirmos no acervo do IMA”. O estudante explica que as algas são organismos produtores e “como todo produtor, elas são a base energética do ambiente”.

Segundo Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do órgão, a intenção dessas ações é que a Piscina do Amor se transforme em uma espécie de aquário natural. “Queremos que as espécies estejam seguras para se reproduzir e para povoar toda a região”, disse o coordenador.