IMA faz nova coleta para investigar ácaro vermelho

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Trabalho é realizado em parceria com Embrapa Tabuleiros Costeiros e pretende descobrir formas de combate à praga

Klaus Roger

Pesquisadores do Herbário MAC iniciaram, nesta quinta-feira (11), a identificação do material coletado, na quarta-feira (10), de palmeiras nativas nas regiões de Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos. As amostras identificadas serão direcionadas à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que irá investigar o potencial hospedeiro ao ácaro vermelho.

Em 2015 foi identificado pela primeira vez em Alagoas o surgimento do ácaro-vermelho-das-palmeiras (Raoiella indica) em coqueiros da capital. Verificou-se que esse ácaro causa a necrose da folha, que ao se espalhar resulta na morte da planta, reduzindo 70 a 90% da produtividade. Desde então os órgãos têm feito pesquisas para identificar a incidência da praga e elaborar planos de controle.

“A grande facilidade de dispersão do ácaro é preocupante. A ideia é descobrir como combater e se há possibilidade de infestação nas espécies nativas”, afirmou Rosângela Lemos, curadora do Herbário MAC.

Durante ação foram coletadas palmeiras das espécies Attalea funifera Mart., Bactris ferruginea (Burret), Bactris glassmani Med-Costa & Noblick, Desmoncus orthacanthos Mart., Polyandrococos caudescens Barb. Rord. A coleta ocorreu desde áreas de restinga em Marechal Deodoro até áreas de mata atlântica em São Miguel dos Campos.

Outra pesquisa já havia sido realizada, em 26 de abril, no município de Rio Largo, também em remanescentes da mata atlântica.

Segundo Elio Guzzo, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, a parceria com o IMA é importante para o bom encaminhamento da pesquisa. “O IMA, por meio do herbário, está contribuindo com o que não conseguimos fazer, que é a identificação do hospedeiro, auxiliando na coleta de palmeiras nativas, além de buscar se há possibilidade de atuação do ácaro em outras espécies nativas”, explicou.

O trabalho faz parte de uma tese de doutorado do Programa de Proteção de Plantas da Universidade Federal de Alagoas e também conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).