IMA monitora o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguba

Compartilhe:

Compartilhe emfacebook
Compartilhe emtwitter
Compartilhe emwhatsapp

Resultados preliminares indicam a concentração de cianobactérias na laguna de Marechal Deodoro

Elayne Pontual

A equipe do Laboratório de Estudos Ambientais do Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou, na manhã desta terça-feira (15), os resultados preliminares encontrados nas amostras coletadas no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú Manguaba (CELMM), nesta segunda-feira (14). Eles indicam que na laguna Manguaba, em Marechal Deodoro, há uma proliferação de cianobactérias.

O monitorando da qualidade das águas do local atende a Resolução nº 357 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A previsão é que o laudo esteja pronto na próxima semana, dia 23.

De acordo com Manuel Messias, gerente de Laboratório do IMA, a proliferação indica que há um desequilíbrio ambiental com excesso de nutrientes, no caso nitrogênio e fósforo. O gerente explicou que esse excesso gera a liberação de cianotoxinas que podem causar problemas de saúde, tanto neurotóxicos quanto hepatotóxicos. “No entanto, essa proliferação já acontece há algum tempo”, esclareceu.

No campo, foram feitos parâmetros físico-químicos de pH, Oxigênio Dissolvido (OD), saturação de oxigênio, temperatura e salinidade. Logo após, as amostras foram enviadas para o laboratório do órgão para análise de coliformes fecais, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Fósforo Total, elemento químico que identifica a proliferação de organismos na água.

Segundo Messias, com o resultado de coliformes será possível observar o lançamento de esgotos provenientes de galeria pluviais e clandestinas. “Além disso, podemos analisar a infiltração de água salina no Complexo”. Ele explicou ainda que, décadas atrás, a salinidade do CELMM era de 10% a 20%.

“Hoje, já está maior que 20% e existem locais do Complexo que estão com a concentração de sal igual ao mar”, explicou. Ainda de acordo com o ele, isso acontece quando o rio não tem vazão e, por este motivo, há a invasão do mar.

Todos os resultados da coleta sairão na próxima terça-feira (22) e o laudo, que estará pronto na quarta-feira (23), dirá se a água do Complexo está dentro dos padrões estabelecidos em legislação para o devido consumo humano.