Laguna Mundaú recebe boia de monitoramento em alta freqüência

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A ação faz parte do projeto desenvolvido por pesquisador da Ufal com apoio do IMA e da Seagri

Clarice Maia

A primeira boia de monitoramento em alta frequencia para analisar a qualidade da água da Laguna Mundaú foi colocada essa semana. A ação resulta do projeto de pesquisa realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas, que conta com o apoio do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seagri).

Segundo o professor Carlos Ruberto Fragoso Júnior, do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento, do Centro de Tecnologia da Ufal, trata-se de uma boia que poderá auxiliar nos estudos sobre a qualidade da água. O equipamento deverá indicar nitritos inorgânicos e parâmetros físico-químicos como o Oxigênio Dissolvido, temperatura da água, PH, nitrito, nitrato, amônia, “além de variáveis metereológicas”, comentou.

Ele disse ainda que será possível fazer um “raio x da qualidade da água para no futuro tomar ações integradas de gerenciamento para combater o assoreamento e reduzir os níveis de poluição”. Essa é uma das fases do projeto, em processos de estruturação, de avaliação da qualidade ambiental da Laguna, considerando três etapas: o monitoramento remoto, monitoramento local da qualidade da água em alta frequência e modelagem matemática.

“O IMA se dispõe a colaborar com o projeto. Nos interessa muito porque é o tipo de iniciativa que pode ser expandido, gerar conhecimentos específicos de áreas importantes, como é o caso das nossas lagunas, e com um custo baixo “, comentou Gustavo Lopes.

Em dezembro do ano passado, o professor se reuniu com a equipe do IMA e da Seagri, para apresentar a proposta de projeto e os detalhes das três etapas de desenvolvimento dos estudos. Dali por diante, foi dado início ao processo de construção de parcerias e apoios, principalmente para a contratação de pesquisadores que fariam a análise dos dados gerados.

O trabalho de monitoramento da laguna Mundaú, através da parceria com o professor Ruberto, teve início em maio de 2015 com produtos orbitais. O projeto de pesquisa aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contou com pesquisadores visitantes de Porto Alegre, Natal, Brasília e da França. Na época foram feitas coletas de amostras da água para analisar a presença de clorofila e sedimentos. No trabalho foram utilizados também equipamentos como sensores para a medição da reflectância.