Novo método de análise mostra condições das praias de Maceió

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O relatório de balneabilidade é produzido considerando a quantidade de bactérias presentes nas amostras

Clarice Maia

O primeiro relatório de balneabilidade de 2016, elaborado pela equipe do Laboratório de Estudos Ambientais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), foi finalizado no último sábado (09). Produzido a partir de novo método de análise, mostra as condições encontradas em 20 pontos das praias de Maceió, considerando a quantidade de bactérias encontradas nas amostras.

As análises estão sendo feitas considerando a quantidade encontrada de bactérias, como a Escherichia coli (E.coli), nas amostras coletadas.

Segundo a resolução 274/200 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), as praias são consideradas próprias quando em 80% de um conjunto de amostras, colhidas no mesmo no local, não exceder o limite de 800 NMP (Número Mais Provável) de E.coli em cada 100mL de água. E são consideradas impróprias quando não obedecer a esse critério ou apresentar valor superior a 2000 E.coli/ 100mL.

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No primeiro relatório, estão sendo divulgados os resultados encontrados para Maceió por causa dos problemas registrados na região, no mês de dezembro. Nos 20 pontos analisados, apenas três estão considerados impróprios. Dois estão localizados na Praia da Avenida – na intersecção da Avenida Assis Chateaubriand com as Ruas Dias Cabral e com a Barão de Anadias; além de um trecho na Ponta Verde – na interseção da Av. Silvio Carlos Viana e a Rua Profª Higia Vasconcelos.

Para se chegar ao resultado foram coletadas cinco amostras consecutivas, entre os dias 04 e 08. Essa semana, as coletas seguem sendo realizadas diariamente, a diferença é que os resultados serão apresentados também para o Litoral Norte. Na próxima semana serão acrescentados os pontos do Litoral Sul.

A E.coli é uma bactéria presente no trato intestinal de animais de sangue quente, considerada patógeno, ou transmissora de doenças. Segundo Manuel Messias, diretor de Laboratório do IMA, o novo método é mais eficaz e dá um resultado mais preciso sobre os níveis de contaminação de cada ponto.

O relatório alerta ainda quanto aos cuidados a serem tomados, em caso de fortes chuvas, que podem comprometer a balneabilidade. Devem ser evitadas: as áreas com cursos d’água supostamente contaminados; galerias de águas pluviais e fozes de rios pelo menos após 24 horas das chuvas; ingestão de água do mar, principalmente pelas crianças.