A criação das áreas legalmente protegidas é uma das estratégias utilizadas para a manutenção de remanescentes florestais em Alagoas
Clarice Maia
As perspectivas e desafios para a criação e gestão das Unidades de Conservação em todo o país foram os principais temas discutidos durante o oitavo Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado entre os dias 21 e 25 de setembro, em Curitiba (PR). A equipe do Instituto do Meio Ambiente (IMA) participou do evento e organiza uma atividade com técnicos do órgão para apresentar os principais pontos e encaminhamentos.
Foram mais de mil participantes de todo o Brasil e países convidados, representantes de órgão públicos, organizações não governamentais, iniciativa privada e outros interessados no assunto.
“Observamos os problemas enfrentados por todos os órgãos, como a indenização nos processos de desapropriação de área onde são criadas as Unidades de Conservação e a quantidade de modalidades de Unidades que podem ser criadas, mas é consenso de que mexer hoje na legislação pode não dar bons resultados”, comentou Ludgero Barros.
Durante o Congresso foram realizados ainda o quarto Simpósio Internacional de Conservação da Natureza e a quinta Mostra de Conservação da Natureza. Entre os principais temas debatidos, foram abordados: a atual situação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC); o papel das áreas protegidas na conservação, economia e futuro da sociedade; a prioridade atual para o Brasil; plataformas colaborativas; e o papel de cada um.
A criação de Unidades de Conservação é uma das estratégias utilizadas pela equipe do IMA para colaborar com a preservação dos remanescentes florestais nos principais biomas encontrados em Alagoas, a Mata Atlântica e a Caatinga.
Hoje o estado possui 53 áreas legalmente protegidas, de Uso Sustentável e de Proteção Integral. Sob os cuidados do Estado existem cinco Áreas de Proteção Ambiental (APAs), duas Reservas Ecológicas (RESECs), um Refúgio da Vida Silvestre (RVS), uma Estação Ecológica e 28 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), entre as 33 existentes no Estado.
Além disso, há ainda mais quatro locais que podem se transformar em novas Unidades de Conservação, localizadas na região do Baixo São Francisco, nos municípios de Traipu, Piranhas e Penedo – sendo uma delas próximo a Área de Proteção Ambiental (APA) da Marituba do Peixe.
Os seis técnicos do IMA que participaram do evento devem realizar uma atividade com outros servidores que participam dos estudos e ações para criação ou monitoramento e fiscalização de Unidades de Conservação, para apresentar os principais pontos debatidos e as perspectivas ou alternativas encontradas em outros estados.