Instituto do Meio Ambiente intensifica fiscalização na região da Piscina do Amor

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Os técnicos do IMA encontraram boias arrancadas e cortadas durante fiscalização realizada na região

Clarice Maia
Fotos: Amanda Melo

Durante monitoramento realizado na Piscina do Amor, na manhã desta quarta-feira (05), a equipe do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA) encontrou 14 boias de sinalização arrancadas ou danificadas pela população. Os técnicos aproveitaram para dar continuidade ao trabalho de levantamento do banco de algas existente na enseada do bairro da Pajuçara, em Maceió.

Segundo informações do coordenador do Gerenciamento Costeiro, Ricardo César, 10 boias, das 30 colocadas anteriormente, foram arrancadas e outras quatro foram cortadas. “Sabemos que elas foram danificadas por causa das partes que ficaram nos locais, é possível dizer que é um tipo de vandalismo e que vai de encontro a fundamental preservação dos organismos marinhos. A depredação pode comprometer as ações que propomos para a recuperação daquela região”, disse.

Ricardo César informou que as boias serão recolocadas e alertou que as pessoas que forem flagradas destruindo a sinalização podem responder pela infração.

“Nós recebemos denúncia de que, no final de semana, havia uma lancha atracada no local e de que pessoas estariam pescando na área durante a noite. Estamos monitorando e realizaremos mais ações de fiscalização, caso haja algum flagrante, a pessoa pode responder administrativa e penalmente, ter que pagar multa e ainda ter objetos, como a lancha, apreendidos”, avisou Ricardo César.

Isso porque o arrecife conhecido como Piscina do Amor, com cerca de 42 hectares, foi definido como zona de exclusão por uma resolução do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), desde o dia 16 de junho. No local, estão restritos a exploração, explotação e usos diversos, como a pesca, turismo, recreação, prática de esportes, tráfego e fundeio de embarcações.

Pesca de arrasto

A equipe aproveita os trabalhos de monitoramento e fiscalização para realizar o levantamento do banco de algas existente naquela região. Até agora já foram identificadas 10 tipos.

“Os filhotes de diversas espécies utilizam essas algas como berçário. Enquanto mergulhamos, vimos alguns cardumes de alevinos e crustáceos, nós queremos agora associar a preservação da Piscina do Amor com a preservação desse banco”, comentou Ricardo César.

Os estudos serão utilizados para elaboração de um diagnóstico daquela região e que deverá disciplinar a pesca realizada com rede. O coordenador comenta que a conhecida “pesca de arrasto” causa impactos negativos para as pequenas espécies que também são capturadas.

“Aquela região poderá se transformar em um santuário ecológico, mas para que isso se efetive, é fundamental que a população colabore, mesmo que seja com denúncias”, afirmou Ricardo.